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Policiais morrem em confrontos com apoiadores de Morales na Bolívia

Os incidentes foram registrados no povoado de Llallagua e em uma via que conecta La Paz a Cochabama, reduto político de Morales

Redação Jornal de Brasília

12/06/2025 7h32

bolivia politics demonstration

DAVID FLORES / AFP

Confrontos entre policiais e camponeses que apoiam o ex-presidente Evo Morales e bloqueiam estradas na Bolívia deixaram três policiais mortos e vários feridos na quarta-feira (11), informou o presidente Luis Arce.

Grupos de apoiadores do líder cocaleiro protestam desde a semana ada contra o governo de Arce, que culpam pela crise econômica e por manipular as instituições para deixar o ex-governante fora das eleições de 17 de agosto.

Os incidentes foram registrados no povoado de Llallagua e em uma via que conecta La Paz a Cochabama, reduto político de Morales.

Em uma declaração no Palácio do Governo, Arce expressou “condolências” aos parentes de todos os “mártires da polícia” e informou que três oficiais morreram nos confrontos.

O ministro de Governo, Roberto Ríos, havia relatado algumas horas antes a morte de dois policiais em Llallagua, e vários feridos. Os fatos aconteceram quando um grupo de policiais sofreu uma emboscada de alguns dos camponeses que bloqueiam as vias.

Os dois primeiros policiais foram mortos por tiros, segundo Ríos. A causa da morte do terceiro não foi revelada.

Em Llallagua, de 41,5 mil habitantes, foram registrados ontem os primeiros confrontos entre civis desde o início dos protestos, quando moradores tentaram liberar o tráfego. Segundo a polícia, os incidentes deixaram 17 feridos: 15 civis e dois policiais. O ônibus privado que transportou os policiais foi incendiado por camponeses, denunciou o dono do veículo.

No centro do país, vídeos divulgados pelo canal de TV estatal TVB mostram policiais liberando vias nos povoados de Parotani e Bombeo, dois pontos de agem obrigatórios de La Paz para Cochabamba. Segundo a ministra da Saúde, María René Castro, houve confrontos nessas localidades.

O líder camponês David Veizaga, próximo de Morales, denunciou que os militares e policiais têm ordens presidenciais para usar armas de fogo.

O presidente Arce, cujo mandato termina em novembro, havia ordenado mais cedo a militares e policiais a “operação para desbloquear” estradas.

© Agence -Presse

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