Por Larissa Barros
A maritaca Filó, ave de estimação de uma família do Lago Sul, no Distrito Federal, desapareceu na última quarta-feira, por volta das 15h30. Ela escapou enquanto estava sendo transportada em uma caixa e voou para fora da casa, na QI 29 conjunto 16. Esta foi a primeira vez que Filó fugiu.
Segundo o médico Luciano Olivial, tutor de Filó, a maritaca é verde, com a cabeça em tons azulados e a cauda avermelhada. Curiosa e dócil, pode responder quando chamada pelo nome. Quem a avistar pode tentar atraí-lá oferecendo uma banana, seu alimento preferido. Ela também possui uma anilha na pata direita, registrada no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
“Meus filhos estão muito tristes. Meu filho de nove anos tem autismo e era muito apegado a ela… minha filha de cinco, também. E a Filó também era super apegada com eles. Não temos cachorro, apenas ela e duas chinchilas que são mais ariscas, então ela é o nosso pet mais próximo”, detalha Luciano.
A especialista em aves, Jéssica Almeida, explica que casos como o de Filó não são incomuns. “Aves são animais bem curiosos e ela por estar aprendendo ainda a voar pode ter feito sem a intenção de fugir, pode ter visto algo que chamou sua atenção, ou até mesmo assustou com algo diferente dentro de casa. Até uma vassoura cair, pode assustar ela que não estava esperando que isso acontecesse”, afirma.
De acordo com Jéssica, mesmo aves domesticadas e acostumadas com o ambiente podem se perder. “Elas não estão acostumadas com o vento e às vezes se assustam ou não sabem como fazer para voltar a pegar um bolsão de ar. É difícil uma ave domesticada que nunca esteve em área aberta voando ou em treinamento ter noção de localidade para conseguir voltar para casa”.
Quem encontrar uma maritaca aparentemente domesticada deve entrar em contato com o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) ou procurar uma clínica parceira. Se a ave estiver ferida, pode ser levada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), localizado dentro da Floresta Nacional de Brasília, em Taguatinga Norte.
Jéssica orienta que famílias que criam aves em casa instalem telas em janelas e varandas, com espaçamento em que as aves não conseguem ar.