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Ancelotti diz que só teve problema com um jogador brasileiro. Descubra quem foi

34 brasileiros já foram comandados pelo técnico italiano. Numa entrevista à Globo, ele fez mistério sobre o único com quem teve problemas

Marcondes Brito

28/05/2025 11h04

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Reprodução/Montagem

Apresentado oficialmente como novo técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti revelou em entrevista à TV Globo que teve uma convivência quase perfeita com jogadores brasileiros ao longo da carreira. Foram, segundo ele, 34 atletas do país sob seu comando — todos com quem teve boas relações. Ou quase todos.

“O jogador brasileiro, em geral, tem um nível técnico maior do que os outros. Do aspecto pessoal, o brasileiro é uma pessoa tranquila, humilde, a maioria. Treinei 34. Se penso em um problema com alguém, creio que não. Tive com um, mas não digo quem é”, declarou, deixando o mistério no ar.

Só que o mistério não é tão misterioso assim para quem leu o livro de Ancelotti. Em Liderança Tranquila, sua autobiografia, o treinador italiano revela um atrito com Rivaldo, campeão do mundo com o Brasil em 2002 e eleito o melhor do mundo em 1999.

O episódio aconteceu logo após a chegada do meia ao Milan, em setembro de 2002. Ancelotti conta que Rivaldo, ainda sem a forma física ideal, foi avisado de que ficaria no banco numa partida da Champions League. A reação foi direta e nada amistosa: “Rivaldo não vai para o banco”, teria dito o craque, antes de se levantar e ir embora. “É difícil para jogadores realmente especiais entenderem que não podem jogar, mesmo quando estão somente 80% em forma”, escreveu Ancelotti.

Rivaldo permaneceu no Milan até 2004 e conquistou títulos importantes, como a Liga dos Campeões e a Supercopa da Uefa, mas a relação com o técnico nunca mais foi a mesma.

Outro brasileiro que deixou marcas — desta vez fora do campo — foi Leonardo. Diretor esportivo do PSG na época em que Ancelotti comandava o time francês, Leonardo teria minado a confiança do técnico ao dizer, antes de um jogo decisivo contra o Porto, que ele poderia ser demitido em caso de derrota.

“Leonardo era meu amigo. Ou ao menos eu acreditava nisso”, escreveu Ancelotti, visivelmente magoado. “Vencemos o jogo, mas nunca mais me senti apoiado pelo clube. Por isso, avisei que sairia ao fim da temporada.”

De volta ao presente, o treinador chega ao comando da Seleção com histórico de sucesso e uma longa lista de brasileiros no currículo — entre eles Ronaldo, Kaká, Cafu, Marcelo, Casemiro e Vinícius Júnior. E só um episódio de desentendimento. Que, mesmo sem citar nomes na TV, ele já havia revelado nas páginas do próprio livro.

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