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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Vem aí uma nova federação partidária

O Solidariedade conta com uma personagem da política brasiliense, o recém-filiado Jose Antonio Reguffe, e o PRD apenas com um distrital, Rogério Morro da Cruz

Eduardo Brito

02/06/2025 18h25

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Dois partidos que até há pouco nem existiam na capital preparam uma nova federação. Já está marcada para 11 de junho, em cerimônia no Salão Verde do Congresso Nacional, a federação entre o SD, Solidariedade e o PRD, que vem a ser Partido da Renovação Democrática.

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Rogério Morro da Cruz. Foto: Carolina Curi/Agência CLDF

O Solidariedade conta com uma personagem da política brasiliense, o recém-filiado Jose Antonio Reguffe, e o PRD apenas com um distrital, Rogério Morro da Cruz, que tem reduto eleitoral em São Sebastião.

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Paulinho da Força. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O Solidariedade foi fundado pelo sindicalista Paulinho da Força, que hoje detém uma de suas cinco cadeiras de deputado federal.

O PRD ainda não completou seu segundo aniversário. Foi construído a partir dos escombros de uma legenda que já foi extremamente importante, o Partido Trabalhista Brasileiro, PTB, que na eleição ada não conseguiu atingir o quociente eleitoral.

Também conta com cinco deputados federais, das quais a mais conhecida é Magda Moffatto, eleita por Goiás, com núcleo eleitoral em Caldas Novas. Hoje, as duas legendas formam um bloco com o Avante, que já se chamou PTdoB, mas não é – ao menos por enquanto – mencionado como parte da federação por ter como líder o deputado André Janones, que no ado se intitulou líder da greve de caminhoneiros, mas hoje é presença frequente nas redes sociais de Lula.

Tensão interna

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Ex-senador José Antonio Reguffe. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A relação entre PRD e Solidariedade no Distrito Federal a por momentos de tensão às vésperas da formalização da nova federação partidária. A nova federação promete redesenhar o cenário político local, especialmente com o retorno do ex-senador Reguffe, que surge novamente como pré-candidato a deputado federal.

O grupo projeta metas ousadas: eleger dois deputados federais, atingir a marca de 300 mil votos e conquistar três cadeiras na Câmara Legislativa do DF. Também está no radar a disputa pela vaga de vice-governador em 2026, estratégia que se apoia no tempo de TV e nos recursos assegurados pela união entre os partidos.

Para garantir solidez, as novas filiações arão por uma triagem rigorosa, sob a análise de um conselho político interno.

Questão de protagonismo

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Lucas Kontoyanis. Foto: Divulgação

No centro dessa movimentação está Lucas Kontoyanis, conhecido nos bastidores como o “Mago das Nominatas”. Ele é cotado para assumir o comando da federação no DF e se posiciona como peça-chave nas articulações para as próximas eleições.

Em tempo: o título de “mago” vem de sua habilidade para reunir mini-candidatos de expressão local para, com a soma de seus votos, obter cadeiras em colegiados. No entanto, o protagonismo de Kontoyanis tem gerado desconforto entre membros do Solidariedade.

A crítica principal gira em torno de seu estilo de liderança, considerado centralizador. Relatos apontam que ele costuma exigir controle sobre pelo menos 50% dos cargos e das decisões dos mandatos conquistados — o que, para muitos, o coloca como figura de influência excessiva sem respaldo direto das urnas. Hoje mesmo, Kontoyanis tem espaços no governo Ibaneis, como cargos em istrações regionais.

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